segunda-feira, 1 de junho de 2009

São Justino

Nasceu em 103, na cidade de Siquém, na Palestina. Espírito inquieto, São Justino incursionou pelas escolas estóica, pitagórica, aristotélica ... No platonismo julgou ter encontrado a resposta para suas inquietações intelectuais e espirituais. Segundo ele próprio relata, logo percebeu que o platonismo não satisfazia inteiramente sua busca metafísica e transcendental. Um velho sábio de Cesaréia convenceu-o de que residia no cristianismo a verdade absoluta; a verdade capaz de satisfazer o espírito humano mais exigente. Este encontro marcou sua conversão, aos 30 anos de idade. A partir daí, tornou-se um dos mais famosos apologistas do século II. Escreveu três apologias. Justificando a fé cristã e contra as calúnias dos adversários oferecem-nos uma síntese doutrinal. De suas numerosas obras, a mais célebre é o Diálogo com Trifão. Seus escritos nos oferecem ricas informações sobre ritos e administração dos sacramentos na Igreja primitiva. Descontentes pelo seu bom desempenho apologético, Crescêncio e Trifão denunciaram-no como cristão. Condenado à morte, foi decapitado juntamente com outros companheiros, durante a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano.

"Deus, nosso Pai, São Justino vos buscou na inquietude de seu espírito e, pela fé, vos encontrou. Que vos invoquemos todos os dias até o último instante de nossa vida aqui na terra e vos contemplemos eternamente no céu, na comunhão plena convosco. ... Que lugar haverá em mim, onde o meu Deus possa vir? Onde virá Deus em mim, o Deus que fez o céu e a terra? Há, então, Senhor meu Deus, algo em mim que te possa conter? E o céu e a terra, que fizeste e nos quais me fizeste, são eles capazes de te conter? Onde então, visto que sem ti nada existe daquilo que existe, será que tudo que existe te contém? Portanto, já que eu de fato existo, porque tenho de pedir tua vinda a mim, a mim que não existiria se não existisses em mim? Eu ainda não estive nas profundezas da terra e, no entanto, tu aí também estás. Mesmo que eu desça às profundezas da terra, aí estás. Pois eu não existiria, se não estivesses em mim. "

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