sexta-feira, 29 de maio de 2009

Indígenas de panzós

Foram assassinados no dia 29 de maio de 1978, quando se dirigiam pacificamente à Panzós, para saber das autoridades o paradeiro de companheiros seus, seqüestrados pelo Exército. Iam exigir o direito de cultivar a terra; terra que era de seus antepassados. Na manifestação, havia gente de várias aldeias: de Cohaboncito, de Chipate, de Soledad. Eram homens, mulheres, crianças, anciãos. Ao chegarem na localidade, o Exército já os aguardava. A repressão foi violenta, cruel e sangrenta: todos, inclusive as crianças, os velhos, as mulheres, foram fuzilados, metralhados e despedaçados por granadas. Apesar da repressão e da exibição truculenta de poder e força contra os pequeninos desse mundo, a luta continuou; muitos outros haveriam de tombar nos anos que sucederam. Somente em 1980, 59 advogados foram assassinados.

"Deus, nosso Pai, os mártires de Panzós morreram porque queriam a paz, o direito de cultivar a terra e de viver do trabalho de suas mãos. Como eles, milhares de pessoas já morreram banhando com sangue este chão latino-americano. Buscavam ressurreição para os povos humilhados, explorados e expulsos de suas aldeias, massacrados por causa do gado, das riquezas minerais, das grandes plantações, que geram divisas para o Estado, e que, no entanto, geram fome, analfabetismo, doenças, tortura, morte para os indígenas e camponeses, que desejam a terra como fonte de vida e não de especulação. Senhor, que o instrumento de todos esses mártires vivifique a sua Igreja e resgate a força do Evangelho que é compromisso com o vosso Reino de justiça e de fraternidade. "

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